A segunda engloba o lado emocional, os sentimentos individuais de cada um, se as pessoas se sentem bem com a vida que levam, se gostam da profissão que escolheram, do lugar onde moram, se estão contentes com a remuneração que ganham (quase sempre não estão), o stress a que as pessoas estão sujeitas no dia-a-dia, etc. Essa segunda parte não pode ser medida por ninguém a não ser pela própria pessoa.
É por isso que pessoas que moram na mesma região tem diferentes qualidades de vida, dependendo do lado emocional, ou seja, do quanto estão satisfeitas com suas vidas. Por exemplo: Eu moro na mesma cidade que o professor Marcos Borba, nós estamos sujeitos aos mesmos problemas, nível baixo do ar, muita poluição, muito transito na cidade, etc. A diferença entre a minha qualidade de vida e a dele é o lado pessoal. Ele é professor, então provavelmente ele gosta de dar aulas, mas provavelmente não gosta de passar trabalhos e provas porque tem que perder seu feriado para corrigir, e quando da I tem que agüentar os alunos chatos que vêm reclamar das notas, e também tem que ler vários blogs, em que os alunos ficam analisando sua vida em vez de falar do tema proposto. Por outro lado, eu tenho que agüentar o ensino médio na ETESP e o curso técnico na GV. De manhã eu tenho que assistir às aulas chatas de filosofia, pra depois tirar I na prova, e de noite, quando eu chego em casa, eu tenho de perder o pouco tempo livre que eu tenho por dia, para fazer um blog de filosofia e analisar a qualidade de vida do professor para depois ele dar I.
Aproveitando a ocasião, gostaria de me desculpar com o professor Marcos Borba pelas brincadeiras sobre sua vida e sobre sua matéria.
WILLIAM